A dança da Cia. Aérea

Sinopse

Em 1985, João Carlos Ramos foi convidado a participar de um projeto do Circo Voador que criava três Companhias Aéreas: uma de Teatro, que chegou a produzir alguns espetáculos; uma de canto e coral, que não se desenvolveu por falta de condições adequadas; e a de dança, da qual se encarregou da formação e direção. Assim nasceu a Cia Aérea de Dança, enfoque deste documentário intitulado “A Dança da Cia. Aérea”. 

Organizado em três atos, essa produção aborda a origem da companhia e suas influências na cultura popular carioca; a relação dos espetáculos com o público; a ampliação do acesso à dança contemporânea para além do meio artístico; e, por fim, a celebração desse legado, destacando a técnica inovadora de samba-dança como um estilo único e cativante.

Com essa abordagem, o documentário busca transmitir a importância da Cia Aérea para a história da dança no Brasil e, também, como meio de inclusão social, além de homenagear a trajetória de João Carlos Ramos como um dos grandes inovadores da dança contemporânea no Brasil e no mundo.

Conduzido pelo próprio coreógrafo, o documentário reúne memórias e depoimentos dos integrantes e artistas que passaram pelo grupo. Dessa construção também faz parte a reencenação dos principais espetáculos / coreografias da Cia Aérea de Dança, das imagens de arquivo de João Carlos Ramos, e  aulas ensaio com a  atual companhia. 

 

Visão da direção

O filme “A dança da cia. Aérea” é um documentário que celebra, sobretudo, a arte de dançar, em pares, em grupo, ou em  solo. A dança contemporânea – samba- salão da Cia aérea e de João, que com o fundo musical da Gafieira, do samba canção, do rap ou com os metais de Paulo Moura  marcaram a dança carioca. 

 

O roteiro do filme, se estrutura sob 3 caminhos básicos de exploração de imagem. 

O reencontro da antiga troupe da Cia Aérea. 

Os membros da companhia dos anos 80 e 90 se encontram e nos contam as suas histórias pessoais e as experiências pessoais realizadas na vivência do grupo. As experiencias e aprendizados sentidos através da dança.

Esse encontro se dará no teatro, no palco, espaço artístico. Onde a trupe brinca recordando em roda de conversas e dançando novamente. 

Jovens bailarinos, convidados por João Carlos Ramos, recriam no teatro as famosas coreografias dos espetáculos Mistura e Manda, Bandanéon, O Bolero, Fibra, entre outras. 

Esse espetáculo ensaio nos remete ao método de trabalho de corpo e criação de João Carlos Ramos.

Conduzindo o espectador a locução de João Carlos nos acompanha durante todo o filme, seja através da voz do artista, nos closes de movimentos de seu corpo / dança ou em caminhadas pelas ruas do Rio que marcaram a sua trajetória de vida  e que motivaram sua inspiração artística. 

“A Cia. Aérea de Dança consegue vôos coreográficos que evidenciam o talento de João Carlos.”
(Jaime Arôxa)

“João Carlos Ramos tem a ousadia de coreografar aquilo que é instintivo e espontâneo – e é essa tentativa (eu diria mesmo esse sonho) que faz grande passagem do meramente folclórico para o artístico. Da chama inconsciente para o ato cultural.”
(Aldir Blanc)

“A Cia. Aérea de Dança é uma mistura fina da melhor dança popular com um modo vibrante de inventar no rumo do moderno, do novo. Tem gosto de Brasil com a universalidade que só a arte pode dar. Vendo o grupo a gente dança por dentro.”
(Herbert de Souza – Betinho)

 

Público alvo

O documentário “A dança da cia. Aérea” é uma obra que atrai um público amplo e diversificado. Seu apelo é direcionado, principalmente, para aqueles que têm interesse na dança contemporânea e desejam conhecer mais sobre sua história e evolução no Brasil. Esses espectadores encontrarão no documentário uma fonte rica de informações a respeito do tema.

 

Além disso, a produção também interessa àqueles que desejam aprender mais sobre a cultura popular brasileira, especialmente no que diz respeito à dança – que se encantam com os diferentes estilos e suas raízes culturais. Nesse sentido, é uma oportunidade única de se aprofundarem em um dos elementos mais fascinantes da cultura de dança no Brasil: o samba-dança.

Outro provável público-alvo são os apreciadores da arte, história e cultura brasileira. O “A dança da cia. Aérea” oferece uma visão panorâmica, nas perspectivas histórica e social, da evolução da arte e da dança no Brasil, abordando os principais movimentos artísticos e nomes de relevância no país.

Por fim, vale destacar, o documentário também tem um forte apelo social, especialmente no que diz respeito à inclusão pela arte. A obra retrata a história de um grupo de bailarinos que superaram barreiras sociais e econômicas para conquistar seu espaço nos palcos. Para quem se interessa por questões sociais e acredita no poder transformador da arte, o “A dança da cia. Aérea” é uma obra inspiradora e emocionante.

 

Justificativa

O documentário “A dança da cia. Aérea” apresenta grande relevância histórica, artística e social ao celebrar os maiores sucessos da Cia Aérea de Dança, liderada por João Carlos Ramos. Ao longo do filme, os principais espetáculos / coreografias são reencenados, permitindo ao público conhecer a evolução da companhia, bem como sua contribuição para a dança contemporânea no Brasil. 

Apesar do pioneirismo e originalidade, a Cia Aérea nunca teve o reconhecimento e a visibilidade difundidos. O trabalho desenvolvido, extremamente criativo e diferente do que se vê fora do país, faz jus a um olhar mais atento e um estudo aprofundado, como proposto pelo documentário.

Artisticamente, essa produção apresenta as criações e técnicas da Cia Aérea, uma importante companhia de dança contemporânea do Brasil. Também introduz ao espectador a figura de João Carlos Ramos, importante expoente para a difusão da dança de salão no Brasil e no exterior, em particular com o desenvolvimento da técnica de samba-dança.

Socialmente, o documentário enfatiza a importância do movimento criado pela companhia, mostrando como se tornou um importante meio de inclusão social. João Carlos Ramos ampliou o alcance da dança contemporânea ao torná-la acessível a pessoas de diferentes origens e comunidades, acreditando que a dança deveria ser uma arte para todos, independentemente do nível de formação ou recursos financeiros. Com essa visão, criou uma produção inovadora, que se destacou tanto no Brasil quanto no exterior, sem perder sua autenticidade cultural. Tamanho foi o sucesso das produções, que Ramos realizou diversas turnês com espetáculos reconhecidamente admirados por sua originalidade e por não reproduzirem estereótipos ou preconceitos. Assim, seu trabalho foi consagrando-se por uma abordagem respeitosa e autêntica das manifestações afro, algo até então raro no mundo da arte e do entretenimento.

Historicamente, por fim, o documentário registra a trajetória da Cia Aérea de Dança desde sua criação, em 1985, no Circo Voador, Rio de Janeiro. Por meio de imagens de arquivo e depoimentos de integrantes da companhia, o filme destaca a importância e influência da companhia na cultura brasileira e na difusão da manifestação afrodescendentes livre de estereótipos. Em resumo, “A dança da cia. Aérea” é uma obra emocionante que celebra a arte e a cultura brasileira, homenageando os artistas que fazem a diferença em suas comunidades. Essa produção oferece ao espectador uma experiência poderosa e relevante, explorando a dança contemporânea e sua importância histórica, artística e social.

 

Argumento

O documentário intitulado “A dança da cia. Aérea” relata a história da Cia Aérea de Dança, criada em 1985 por João Carlos Ramos no Circo Voador, localizado na cidade do Rio de Janeiro. A iniciativa fez parte de um projeto cujo objetivo era ampliar o acesso à cultura brasileira para um público mais diversificado, a quem seria apresentado à técnica da dança contemporânea.

A companhia estabeleceu sua própria sede em 1990 e consolidou-se como uma importante referência na cena cultural brasileira, mantendo fielmente a missão de difundir a dança contemporânea baseada na cultura popular do país. Em depoimento, um dos dançarinos que integravam o grupo relata: 

“Eu posso dizer que a Cia Aérea de Dança era como se fosse água, poderia estar em todos os lugares, porque era um movimento que você não fica descrevendo, mas todo mundo que olhava ficava abismado no Brasil e fora”.

O documentário enfoca a figura de João Carlos Ramos, renomado coreógrafo da dança brasileira e diretor da Cia Aérea de Dança. Com uma carreira de sucesso, João iniciou suas aulas de dança aos 16 anos, quando se preparava para completar 17 anos. Em certo momento, ele não foi aprovado para a bolsa de estudos da Academia Rio da Mariza Estrella, mas sua vontade de continuar era grande, e foi assim que conheceu Vera Lopes, apresentado por Sérgio Miranda, que estava em busca de um bailarino para sua companhia. Ele, então, começou a fazer parte de um grupo de dança contemporânea, que era algo muito diferente do que estava acostumado a dançar. Com o tempo, passou a conhecer mais sobre a dança contemporânea, fazendo aulas com Michel Robin, Mariana Muniz e, finalmente, com Graciela Figueroa, apresentada por Vera Lopes. As aulas foram fundamentais para a formação de João Carlos Ramos como dançarino.

Apesar de ter pouca experiência com dança, João Carlos Ramos fundou a Cia Aérea em 1985, apenas três anos depois de começar no meio. De maneira surpreendente, ele recebeu um prêmio na mostra de novos coreógrafos, o que o motivou a continuar aprimorando suas habilidades na dança contemporânea. Assim, dirigiu espetáculos aclamados tanto no Brasil quanto internacionalmente, destacando-se pela sua criatividade e talento, que foram fundamentais para a valorização da cultura brasileira em diferentes áreas artísticas.

Um dos trabalhos mais importantes foi desenvolver a linguagem do samba-dança, que se tornou a base dos espetáculos da Cia Aérea de Dança. No documentário, ele explica que essa linguagem se desenvolveu a partir de uma estrutura coreográfica que passou por uma formação autodidata. Embora tenha feito aulas com várias pessoas, após receber o prêmio da 1ª Mostra Novos Coreógrafos, promovida pelo Rio Arte, em 1984, João trouxe para seu trabalho uma abordagem autodidata.

Ramos conta que foi inspirado a desenvolver a linguagem do samba-dança depois de acompanhar uma ala da Vila Isabel chamada “Esnoba Samba”, no carnaval de 1990. Ele viu uma ala de 20 a 30 componentes entrando na avenida e fazendo variações maravilhosas de samba, que eram chamadas de “passo marcado”. Depois disso, começou a trabalhar com os bailarinos em cima do disco “Gafieira e coisa e tal”, do Maestro Paulo Moura, onde deu início a várias coreografias, inclusive Fibra, que é dançada até hoje.

No documentário, Ramos dá detalhes de sua trajetória e da companhia. Ele compartilha suas experiências com a Praça Tiradentes, um centro aonde chegava e partia ônibus para vários pontos da cidade. Esse era um lugar onde as pessoas se encontravam para dançar e aonde vinham para o horário do baile na gafieira. No entanto, com as obras dos últimos anos no centro, os pontos de ônibus foram remanejados e o movimento mudou.

No decorrer do documentário, João Ramos fala também sobre a influência do maxixe na lambada e no forró, destacando sua origem com as ondulações pélvicas em compasso binário e a irreverência em relação às danças de salão europeias. O maxixe foi considerado indecente e proibido, levando à criação de danças mais contidas, como o samba-choro de gafieira. 

O coreógrafo passa também pela história de sua formação na dança contemporânea e a posterior pesquisa sobre a dança de salão, incluindo o samba de gafieira. Ramos destaca a importância dos bailes nos morros e subúrbios do Rio, locais onde se aprende a criar danças experimentando um convívio social. Para ele, o ritmo é a expressão da vida orgânica, psíquica e espiritual do corpo; enquanto a dança é uma forma de se conectar com essa inteligência instintiva. Ele reflete sobre a importância do prazer ao dançar, em contraposição à ideia de coreografia mais ligada ao campo da arte, e acredita que sempre há alguém que toma a frente na organização dos bailes. ???

Em resumo, João Carlos Ramos é uma referência da cultura brasileira, fundamental para a difusão da dança de salão no Brasil e no exterior em quase 40 anos de carreira. Reconhecido por sua criatividade e talento, tornou-se um renomado coreógrafo e diretor de espetáculos de dança. e música.(acho que não) Dentre suas realizações, destacam-se a coreografia para o espetáculo “Fica Comigo Esta Noite”, além da direção de “Sampa-Dança” no Encontro Internacional de Dança de Salão. Também realizou espetáculos em locais como o Teatro da Dança, Sala Crisantempo e Teatro Frei Caneca. Sua atuação não se limita à dança, já que também criou coreografias para shows e videoclipes de artistas renomados, como Jorge Ben Jor, Lulu Santos, Zeca Pagodinho e Paulo Moura, contribuindo para a valorização da cultura brasileira em diferentes frentes.

No exterior, Ramos apresentou suas criações em locais renomados como o Carreau du Temple, em Paris; o Haus der Kulturen der Welt, em Berlim; e o Lincoln Center Square, em Nova York. Seus espetáculos foram destaque em festivais como o In-Transit (2004), em Berlim; o Printemps des Comédiens (2003), em Montpellier; e o Summer Dance Festival (2001), em Nova York.

Tendo isso em vista, o documentário “A dança da cia. Aérea” põe em foco a história deste importante expoente e da companhia de dança contemporânea, apropriadamente celebrando ambas as contribuições à arte e a cultura brasileira. Essa produção justifica-se, portanto, como uma homenagem aos artistas que lutam para fazer a diferença em suas comunidades e ao legado deixado por aqueles que vieram antes de nós. 

 

Estratégia de Comercialização

A estratégia de comercialização para o documentário “A dança da cia. Aérea” será diversificada e ampla, a fim de atingir diferentes públicos e aumentar sua visibilidade. Para gerar buzz em torno do filme, inclusive no pré-lançamento, a produção será divulgada extensivamente por meio do site e das redes sociais do projeto “A dança da cia. Aérea”. Trailers, teasers, imagens dos bastidores, entrevistas com o coreógrafo, membros da companhia e depoimentos de espectadores serão veiculados.

Além disso, a ideia é estrear em um grande festival nacional e, em seguida, realizar um circuito no Brasil e Exterior. Uma das formas mais tradicionais de comercialização é por meio da exibição em festivais de cinema, onde o filme pode ser visto por um público mais amplo e receber críticas e resenhas que gerem maior interesse. Também será considerado o aluguel de salas de cinema para exibir o documentário, o que permite atrair um público específico, como fãs de dança e cultura popular, com possibilidade de realizar sessões comentadas com o coreógrafo ou membros da companhia.

O filme já assegurou uma licença não exclusiva para exibição na programação linear do canal Curta! e também para disponibilidade sob demanda no Curta! On – Clube de Documentários, um serviço de streaming cujos planos de assinatura são comercializados na Claro TV+, na Amazon Prime Video, no PlayHub e no site próprio: curtaon.com.br. Ainda, o documentário será disponibilizado na plataforma Curta! Educação, que une entretenimento e educação em um catálogo com mais de 2 mil filmes e episódios de séries. Nela, será classificado por etapas de ensino, componentes curriculares, habilidades e competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Seu enfoque educacional, portanto, será ainda mais valorizado, já que o Curta! Educação é direcionado para instituições de ensino e editoras de materiais didáticos. A obra também será prospectada para outras plataformas de vídeo sob demanda, tanto nacionais quanto internacionais, como Netflix, Globoplay, Vivo Play, Looke, SESC Digital, Itaú Cultural Play, RTP Play, entre outras, a fim de facilitar o acesso do público interessado.

A equipe do projeto também pretende estabelecer importantes parcerias com fundações, instituições, museus, mostras de arte, teatros e centros culturais, como o Instituto Moreira Salles e o Museu da República, que poderão licenciar o filme para exibições em mostras, festivais ou mesmo para inclusão em seus acervos. Essas parcerias podem gerar colaborações em eventos e ações conjuntas, ampliando a visibilidade do filme e sua mensagem. Por fim, para ampliar ainda mais a divulgação internacional, trailers com legendas e áudio descrições em inglês e francês serão produzidos. Com essas estratégias de comercialização, o documentário “A dança da cia. Aérea” tem um grande potencial de sucesso e impacto na sociedade.

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